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Pitayas / Pitaias / Frutas-do-dragão - gênero Hylocereus

1. Descrição geral e origem geográfica | 2. Origem etimológica | 3. Relevância | 4. Repertório | 5. Informações detalhadas | 6. Galeria

Descrição geral e origem geográfica

As pitayas, em suas diversas espécies, são cactos hemiepífitos nativos da América Central e da América do Sul, podendo-se citar os seguintes países com populações naturais da planta: Brasil, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Peru e Venezuela. Devido a seu potencial, alguns espécimes foram coletados por produtores europeus e asiáticos e, hoje em dia, há larga produção em diversas localidades ao redor do mundo, com desenvolvimento de variedades novas, em países como Austrália, China, Estados Unidos, Filipinas, Israel, Tailândia e Vietnã. Na América do Norte, o cultivo tem se destacado na Califórnia, com trabalhos primorosos de hibridização e seleção, resultando em algumas das melhores variedades disponíveis para consumo.


Origem etimológica

O termo “pitaya”, embora tenha se tornado uma das formas internacionais de referência, amplamente empregado em língua inglesa junto à designação “dragon fruit” (“fruta-do-dragão”), tem origem em dois termos da língua espanhola: “pitaya”, que se refere a cactos do gênero Stenocereus, e “pitahaya”, que se refere aos cactos do gênero Hylocereus (e, em decorrência, a seus híbridos interespecíficos). Em algum momento de intercâmbio cultural, os dois termos passaram à língua inglesa como se fizessem referência ao mesmo fruto. Convém mencionar que o termo pitahaya não é puramente espanhol, uma vez que deriva, em verdade, de uma língua antiga das Antilhas, na qual significaria “fruto escamoso”, todavia, até o momento, não encontramos nenhum material etimológico que estude a fundo as origens desse vocábulo. Em língua portuguesa, há registro dicionarizado das seguintes formas: “pitaya”, “pitaia” e “fruta-do-dragão”.

Relevância

Consideradas de importância econômica nas localidades onde são nativas, as espécies do gênero Hylocereus foram ganhando destaque mundial não só por sua importância alimentícia, mas também por seu potencial ornamental, comum à família das cactáceas, que usualmente produz copiosas flores grandes e perfumadas - são comuns nas pitayas flores de pétalas brancas ou rosa, com diferentes tonalidades de sépalas e em detalhes menores.

Repertório

Possuímos em cultivo, além das espécies comuns, diversas variedades comerciais importadas de renome, como as desenvolvidas pelo falecido produtor californiano Paul Thomson - frequentemente reputadas entre as pitayas mais saborosas entre os consumidores estrangeiros. Abaixo, listagem sumária das variedades não exclusivas atualmente disponíveis para aquisição:

* Espécies puras: H. costaricensis, H. megalanthus colombiana, H. megalanthus equatoriana (Palora), H. ocamponis, H. polyrhizus, H. setaceus (5 variedades) e H. undatus (2 variedades);

 

* Híbridos alemães: Connie Mayer e Kathie van Arum;

* Híbridos israelenses: Desert King, Golden Apollo e Venus;

* Híbridos thomsonianos: Cosmic Charlie, Dark Star, Delight, Physical Graffiti, Purple Haze e Sugar Dragon;

* Outras variedades, de origens diversas: American Beauty, Chao, Condor, Dieberger, Halley's Comet, Isis Gold, Lisa, Makisupa, Nicarágua (2 variedades), Orejona, Pink Panther, Red x Yellow, Sweet Vietnamese, Thomson G1, Vietnamese Giant, Vietnamese White, Yellow X e Zamorano.

Com a ampliação do acervo genético disponível, havendo estabelecido um programa próprio de seleção e melhoramento ao longo de dez anos, temos a honra de disponibilizar, para comércio de frutos e mudas, algumas daquelas cuja qualidade atestamos e aprovamos, desenvolvidas na Estância Arco-íris, e, portanto, produtos exclusivos da loja Pitaya & Cia., designadas como "variedades EAI" - sua identificação específica é seguida do código alfanumérico do local de plantio, acompanhada do nome comercial atribuído (importante a manutenção dos nomes corretos das variedades, principalmente para fins de polinização, mas também para a indicação adequada das informações conhecidas sobre cada uma):

EAI-A9B - Sírius - casca rosa ou rosa-esverdeado, polpa branca, frutos grandes arredondados.
EAI-A11B - Fálcor - casca rosa, polpa branca, frutos médios ovalados, com longas escamas finas.
EAI-A12V - Netuno - casca rosa-esverdeado, polpa rosa, frutos médios arredondados, com longas escamas.
EAI-B11 - Antares - casca vermelha, polpa vermelha, frutos grandes ovalados.
EAI-B11BIC - Saturno - casca rosa, polpa bicolor, frutos grandes, com longas escamas.
EAI-B14 - Bahamut - casca roxa vibrante, polpa vermelha, frutos médios arredondados.
EAI-B15BIC - Chama Rosada - casca rosa-arroxeado, polpa bicolor, frutos médios achatados.
EAI-B16 - Tiamat - casca rosa-esverdeado, polpa rosa-claro, frutos médios.
EAI-B19 - Aldebaran - casca roxa, polpa vermelha, frutos grandes arredondados.
EAI-C17 - Flamingo - casca rosa-esverdeado, polpa bicolor, frutos médios.
EAI-D6T - Gaia - casca rosa ou rosa-esverdeado, polpa branca ou rosada, frutos médios.
EAI-D10 - Alvo-Rósea - casca rosa-esverdeado, polpa bicolor, frutos médios arredondados, com longas escamas.
EAI-D13RC - Júpiter - casca roxa, polpa rosa-claro, frutos médios arredondados.

Num primeiro momento, a seleção foi feita tendo como foco principal o sabor e o teor de brix, havendo também sido selecionadas algumas variedades que apresentaram alguma característica muito peculiar (a exemplo de "Chama Rosada", pela distribuição de cores em sua polpa).
As próximas levas de híbridos serão avaliadas buscando-se a obtenção de variedades que se adequem a um maior espectro de condições de cultivo no Brasil, bem como indivíduos que se destaquem em características como vigor/resistência, tempo de frutificação, produtividade, tamanho dos frutos e que apresentem bom rendimento em caso de autofertilidade.

Dentro do próximo quinquênio (2021-2025), serão testadas milhares de novas pitayas híbridas, de modo a sempre alcançar plantas e frutos cada vez melhores. Essa dedicação encontra eco em produtores de pitaya no mundo inteiro, podendo-se citar, além de Thomson, Edgar Valdivia, que, por mais de 18 anos, tem hibridizado sucessivas gerações de pitayas, especialmente da variedade denominada Asunta (em honra a sua mãe); Gray Martin, com seu repertório exclusivo de pitayas autoférteis, de tamanho e sabor constantes, entre outros.

Embora algumas pessoas se sintam inclinadas a não cultivar plantas a partir de sementes, pela relativa demora até a produção e por só ser possível saber como serão os frutos depois de atingida a maturidade da planta, nós recomendamos essa prática - cada semente é um novo indivíduo e tem em si o potencial para a excelência.


Informações detalhadas

 

Confira nossos arquivos sobre a experiência de cultivo e o acervo de pitayas na Estância Arco-íris:


- Perguntas frequentes sobre a pitaya (arquivo .pdf);
- Catálogo geral de plantas da Estância Arco-íris (arquivo .pdf com informações resumidas de cada variedade disponível para aquisição);
- Anúncios específicos na área de vendas da loja Pitaya & Companhia.

Acesse também as matérias jornalísticas efetuadas com a equipe da Pitaya & Cia., disponibilizadas no YouTube:

- Entrevista 1

- Entrevista 2

- Entrevista 4

Texto: Karl Rocha
Data da publicação original: 20/12/2020

Data da mais recente alteração: 25/7/2021

Reprodução textual autorizada somente com expressa citação da fonte:

ROCHA, K. F. A. P. de F. Pitayas. In: PITAYA E COMPANHIA. Plantas. Campo Grande: Pitaya e Companhia, 2021. Disponível em: https://www.pitayaecia.com/pitayas. Acesso em: [indicar data de acesso].

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Galeria

Algumas imagens das cactáceas classificadas como pitayas, pitaias ou frutas-do-dragão,

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